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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Meus obstáculos, minha vida

Antes de praticar parkour era fumante...Um caso interessante já que começei a fumar tinha 12 anos de idade.

Pode ser chocante para muitas pessoas, mas o primeiro cigarro fumei na frente da pessoa mais importante na minha vida. Minha mãe. A pessoa que mais respeito.
Nunca precisei esconder nada dela, e ela sempre me alertou sobre os males do cigarro e nunca foi a favor, mas aconteceu e fui sincero com ela a falar sobre meu vicio.
Muitos devem estar pensando: "O que será que me levou a isso? Será que usei alguma outra droga?" Hum, pensem o que quizerem, mas na real nem eu ou outra pessoa pode dizer o que te leva a fazer esse tipo de coisa. - demonios, disturbios, falta de amor... Vai saber. Fato é, que eu nunca experimentei se quer outro tipo de droga. E quem duvide, posso fazer exames toxicológicos para provar. Não tenho nada a esconder. Pode ser que se minha familia não tivesse me alertado sobre tudo isso e me dado educação, se não tivesse me envolvido com o parkour e ter amigos de verdade, isso poderia ter acontecido.

Só tenho algo á dizer: 
Desses 8 anos como fumante não ganhei nada, só uma saúde pessima. A coisa ficou pior um pouco quando me interessei em praticar parkour. Que vergonha! 
"Não corria da minha casa até a esquina sem morrer"
Começei a pensar se isso valia mesmo a pena, que ganhos eu estava tendo? O que isso me trouxe de bom?
Os treinos começaram a ficar mais intensos dai percebi que quando praticava e estava focado naquilo, eu não sentia vontade de fumar, passava de 2 a 3 horas sem cigarro, percebi então que poderia sim parar de fumar. Formei algumas estrategias e quando sentia vontade de fumar eu ia beber água até dizer chega, comer alguma coisa e me concentrar em algo (ler um livro, tocar, compor, sei lá)... Quando a vontade era muito forte mesmo, eu marcava treino com os caras pra passar e foi assim que começei a vencer esse vicio. 

(To ligado que os caras me achavam loko e vidrado por marcar alguns treinos em horas nada convencionais e de ultima hora
Mas só tenho a agradecer a todos por ajudar nessas horas.

Confesso que as 3 primeiras semanas foram fodas, não podia ver ninguem fumando a metros de distancia que me dava vontade. Era dificil me concentrar até mesmo nas conversas, as coisas perdiam o foco, só retomei o foco quando começei a aplicar a filosofia do parkour fora dos treinos... Tudo que passava nos treinos, como os obstaculos vencidos, a dedicação...
Não foi facil, em muitas vezes quase que tive recaidas, mas graças a Deus tive forças suficientes para enfrentar isso e na verdade acho que o parkour foi o caminho que ele me mostrou pra me fortalecer me tornar uma pessoa melhor e alguem mais digno e capaz.

Posso não ganhar dinheiro, muitas pessoas podem não valorizar essa arte, só sei de uma coisa. Parkour pra mim tem sido muito mais do que uma simples brincadeira ou algo que você só pode ver nos treinos, é uma essência é algo que faz parte de mim, tanto pelas derrotas que ja passei quando pelas vitórias que a cada dia conquisto mais e mais com sua filosofia.

E assim fazem 4 anos que venho vencendo mais e mais, sejam vicios, ou obstaculos tanto de concreto quanto mentais...


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Primeiros passos


 Os primeiros passos começaram após algumas pesquisas, videos, revistas e algumas dicas de pessoas que ja sabia que treinavam fora, se bem que raramente essas respondiam. Todos queriam guardar o conhecimento pra si, se tornarem os unicos a saberem. Foda.
Os videos falavam por si só. 

Mas e a filosofia? O Flow? 

Aprendi um pouco de inglês para entender os documentarios, que na verdade eram em francês com legendas em inglês, pense num trabalho. A coisa começou a fluir dai, começei a entender mais, a tentar e buscar mais, e aos poucos essas coisas foram tomando forma e raizando-se...

Me lembro como se fosse ontem, do primeiro treino. Tudo era dificil, mas meu amigo juro pra você, nada me impedia, só queria saber de evoluir, e era repetição atras de repetição... Tudo bem até ai.
Mas e no outro dia? Caraka parecia que um caminhão tinha me atropelado, pior é que alongamos direitinho e tudo, nos aquecemos, mas não teve outra a musculatura pedia arrego.

Me lembro bem do meu primeiro regular, dos primeiros movimentos...

Na moral, com vocês foi o mesmo?

Os pulsos doiam, as cochas queimavam e os braços...nem da pra dizer muito sobre eles.
Posso ter ficado quebrado no outro dia, mas com certeza foi um dos melhores dias da minha vida, saber que estava daquele jeito devido ao treino de parkour, claro que nessa epoca ainda estavamos começando, sem muita experiência e tecnica e dai vinham essas lesões e outras coisas.

Continuamos caminhando...
Muita coisa foi dificil, sofremos muito preconceito, porque é muito facil falar de preconceito em cidade grande, mas vamos ver o que passamos aqui numa cidade de 40.000 habitantes, o preconceito que vocês sofreram, nós sofremos em dobro, fora a falta de estrutura, interior né...Vai saber!

Mas esse era nossa caminho!
Hoje ainda estamos ai, muitos deixaram outros entraram, mas eu ainda continuo firme sempre que der há 4 anos, ainda pesquisando, tentando, evoluindo e repetindo... Parkour é isso, uma jornada, um percuso que se faz todos os dias, dias bons e ruins e tudo isso contra si mesmo (seu pior inimigo e o seu maior aliado, o medo). Esses dois ai dão trabalho, só com muita conversa, concentração e negociação.
Flow_
E os primeiros treinos de vocês, ainda se lembram como foi?

terça-feira, 15 de maio de 2012

Obstáculo

Muitas pessoas não sabem e outras não acreditam mas a realidade é que eu perdi a visão do olho esquerdo quando criança....
Gostaria de compartilhar isso com vocês e que vocês possam refletir sobre isso.



Segundo relatos contatos pela minha mãe eu tinha entre 6 a 8 meses quando perdi a visão. Eu estava engatinhando em direção a cozinha da casa da minha avó quando minha tia saiu para o muro. Na epoca tinhamos um cachorro.

O mesmo aproveitou da porta aberta para entrar na sala, diziam que ele estava com fome e eu inoscentemente acabei atravessando o caminho dele, na hora o cachorro teve um ataque de furia e começou a me arranhar e me morder, na região da cabeça e tronco. Numa dessas envestidas acabou que minha orelha foi um pouco rasgada e depois de algum tempo, segundos talvez, conseguiram afastar o cachorro de mim e me levaram para o hospital.

Todo o tratamento necessario foi prestado, só que exames mais detalhados não foram feitos... só depois de um tempo quando começei a falar foi que descobriram algo mais grave.
Não me lembro de nada do ataque, talvez tenha sido um bloqueio ou por que era novo demais. Mesmo assim lembro da vez que olhei para minha mãe e disse:
- Mãe, por que quando fecho esse olho não consigo ver?

Até então todos sabiam do meu desvio no olho, mas nada sobre não ver, os exames foram marcados e constatou que possivelmente a perca da visão tenha sido causada por um verme, não se sabe, se era dá saliva ou dos pelos do cachorro. Octoplasmose se não me engano!
Fora os outros problemas que ja tinha como estrabismo e outros...
Desde então convivo com isso.

(Reza a lenda que o cachorro morreu depois de três dias), kkkkkkkkkk
Brinks!

Um pouco triste né?
Desde sempre esse foi o meu maior obstaculo na vida, não que enchergar com um olho só, seja ruim, dou graças a Deus por ainda ter um olho, mas é dificil principalmente quando se pratica parkour ou um esporte arriscado. A pior parte foi no colégio, ter que enfrentar as piadinhas dos outros ou as vezes até mesmo pra ler o que havia no quadro, depois de um tempo acabei me acostumando a enchergar o mundo e eu mesmo de uma forma diferente. 

A minha maneira!

Minha trajetória tem haver com isso, no parkour tenho certas dificuldades, preciso ver os pontos principais muito antes do salto pra não errar a mão do lado esquerdo ou executar tal movimento para esse lado. Mas nunca desisti disso e continuo firme nessa jornada.

Isso faz parte da minha vida!


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Minha história _ Parkour

Era um domingo (2006) e eu estava assistindo ao Fantastico, geralmente costumava sair mas naquele domingo não fiz isso. Na materia falavam sobre homens-aranha que escalavam, saltavam e faziam coisas ditas impossiveis para pessoas normais no ambiente urbano. 
Não consegui falar nada eu fiquei paralizado olhando para a TV e vendo tudo aquilo, tudo tão estranho, mas que fazia tanto sentido pra mim. Não sabia porque!
Fiquei tão assim que só prestei atenção nas imagens, o nome do esporte, tecnica, arte, eu não sabia e nem ligava, eu queria saber como era possivel, só isso me interessava.  
Eu queria praticar aquilo e no começo era mesmo só por diversão e porque achava muito louco tudo aquilo. Moda? Talvez! Ainda não havia me conectado com a filosofia do parkour e ainda não sabia seu nome.
Então algum tempo se passou e eu fiquei com aquilo na cabeça, cerca de um ano e meio, na epoca não era familiarizado com a internet e computadores... Depois desse tempo, conversando com um amigo Edson Daeva, foi ai que descobri o nome daquela disciplina e pude pesquisar no youtube.
Tudo era tão dificil de se fazer, tão complicado. Onde treinar? Com quem falar?
Foi ai que assisti a um video do David Belle onde ele falava sobre a filosofia, como começou a praticar, de onde veio. E quer saber, a coisa começou a fazer mais sentido ainda pra mim. Nossa!
Começei a assistir a videos no youtube, tutoriais e a pesquisar e falar com algumas pessoas e foi só no começo de 2008 que começei a praticar, tudo sem nexo e anexo, o flow claro, passava longe daquilo tudo. Mas tenho muito orgulho de ter me juntado a mais três caras e ter começado isso aqui na praça da rodoviaria em Currais Novos/RN. Mesmo sendo tão dificil a evolução aqui devido a falta de estrutura e que os outros grupos na epoca eram em Pernambuco, Bahia, sendo dificil a comunicação, nunca pensei em desistir, houve horas de desanimo onde não queria treinar, pensava em como evoluir e tudo mais, mas desistir nunca.

Rede social era na base do grito e das resenhas camarada!


Hoje sou muito agradecido á Edson Daeva, por ter me informado mais sobre a disciplina e ter me dado os passos necessarios para começar a pesquisar.
Ronnyn, Pablo e Josinaldo os outros loucos que resolveram me acompanhar nessa, mesmo esses não praticando mais, eles tem meu respeito e agredecimento para toda a vida.


Talvez se indentifique com algo nessa história ou não, ela pode ser simples, mas foi assim que começou aqui, desse modo. Sincero!